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O professor não pode mais ficar sozinho

O conhecimento do grupo é maior do que o conhecimento de qualquer pessoa.
(Wheaton & Kay, 1999)
Os trabalhos mais recentes sobre tecnologia e educação indicam claramente que a primeira está provocando uma ampla reforma na segunda. Em geral, essa reforma é descrita como construtivista, visto que os professores que usam a tecnologia com seus alunos tendem a assumir um papel mais de facilitadores da aprendizagem do que de transmissores do conhecimento. Tais professores costumam criar situações em que os estudantes possam manipular o conhecimento que estão construindo e acabam envolvendo-se em projetos colaborativos1.
Provavelmente, uma das maiores contribuições das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) para essa transformação na educação é a ampliação das possibilidades de trabalho coletivo do professor. Vamos refletir um pouco sobre como ocorrem os momentos de trabalho coletivo dos professores quando não se usam as NTIC. Sem tecnologia de comunicação, os momentos de troca de idéias só podem ser presenciais. As escolas têm de montar uma grade de encontros cuja duração e freqüência variam de instituição para instituição. Dependendo do tempo disponível para a tomada de decisões e do perfil de cada colégio, o professor terá mais ou menos voz para definir o planejamento e refletir sobre processos de ensino e sistemas de avaliação. De qualquer modo, durante o período letivo, é comum o educador trabalhar praticamente sozinho com seus alunos em sala de aula. Nas raras instituições que promovem reuniões regulares entre professores, por mais freqüentes que elas sejam, nunca há tempo suficiente para eles falarem sobre todas as suas angústias e trocarem suas experiências bem-sucedidas.